Fazia charme,
Cheirava à vinho,
Na pele morena padeceram,
mil e um soldados,
Achava graça,
tinha até desprezo,
Depois que os via,
Quase sempre embriagados,
Nos nós do seu cabelo chama,
Ria-se deles.
Tinha malícia.
Era de um silêncio fatal,
Nunca negou ser mortal.
Era de natureza crua,
Delicada? Nem um pouco.
Apreciava o medo,
Aproveitava-se dele,
Ria na cara do perigo,
espalmava a guerra nos olhos.
Tinha na boca, um desafio.
Trocava vidas,
por qualquer gole de álcool,
por qualquer trago.
Mas era silêncio.
Tinha num batom vermelho,
chaga, corroía, fazia doer.
Mas dava prazer,
e por isso viciava.
Na sombra do seu quarto escuro,
com muito preto,
com papéis riscados,
mostrava uma lágrima,
não era de dor,
nem tão pouco de horror,
chorava por estar de castigo,
por ser uma menina má.
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