Milhares de pessoas, e ele esta entre elas, alguém atraente ,altamente atraente, e não sabe-se de fato, o que atrai mais, se são os olhos semicerrados ou o jeito de sentar.
E ele olha, olha para alguém, ou para algumas, mas sempre tem aquela uma, que tira sua concentração. Ela.
Ela e seu jeito de boa moça, seu sorriso de gente boa e seus olhos brilhantes, são um martírio para ele, que só pode olhar sem corromper, por que ela tem inocência bradando dos olhos, e isso é mais um motivo do querer dele.
Não que ela seja nova demais, não é. E nem que ele seja velho demais, não é. Tem a mesma faixa de idade, assim de meio caminho andando, cada um de seu jeito ,claro. Ela já lhe deu vários sorrisos, costuma sorrir para os que à olham muito, e desarma qualquer um.
Ele lá sentado no seu canto se vê com ela, se vê nela, tendo-a com ele, nele também. Ele a imagina sem muita roupa, uma ou duas peças, para ser menos ousado, imagina ela no lugar daquela da noite passada... Ela sorrindo, ela tomando seu champanhe, ela dizendo que era dele, ela arranhado as costas dele. Ele só vê ela, que tortura.
E nos surtos de sua mente, a vê o chamando mais e mais alto, e sorrindo com aquele sorriso que transborda 'va' inocência... Vê ele rasgando aquele vestido doce rosa goiaba, e desfazendo as tranças grosas que ela deixa cair, deseja como nunca suas mãos no cabelo dele, fazendo nós fortes e rápidos, deseja os pés delas entrelaçados com os deles, e as mãos juntas e suadas.
E ela, no outro lado do recinto mira aqueles olhos semicerrados para ela, e sorri novamente. Ele explode, não aguenta, coça a cabeça e pede mais um uísque. Ela desconcertada, pensa que mal educada foi de ter sorrido para um estranho que provavelmente à achou inconveniente.
E mal sabia ela que ele já tinha passado uma vida com ela, só no sumo de sua mente perigosa.
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