Era muito preto encima dos meus versos,
Muita sombra no meu teto,
Eu mesmo não me recordo de como fiquei,
assim.
Caco de vidro, sangue, banheira com água demais.
E sempre sangue.
E no meio de minha pele, eu riscava HELP
Num grito mudo e surdo, e quem ouvia?
Ninguém.
Não saia, não sorria, mas também não chorava.
Nem sorriso, nem lágrima.
Só dor, de não sentir nada.
Numa insana buscar por alguém,
Sem, nome, endereço e telefone.
E era preto, toda escuridão.
Passarinho não cantava, o sol nunca nascia na minha janela.
Mas eu também não reclamava.
Tinha bons vinhos, bons homens.
E felicidade, nunca foi meu forte.
Nunca fui feliz.
Vou continuar...
Sem sorrir, ou chorar.
Gritando e quebrando coisas.
Cortando navalha na carne,
gritando surdamente help.
E não tenho muita pressa de encontrar o tal sem nome,
Não sinto nada. E amor?
O próprio já me basta.
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