- Não é hora.

Vamos lá, eu quero você com esse sorriso mordido.
Esse desapego do passado, esse meu amor, que eu te dei.
Vamos lá garota! Escreve de novo aquele conto nosso...
Que fala dos brincos que eu te dei, das dores que agente não sofreu,

das nossas risadas no meio do nada.

Cadê garota? Me mostra aquele coração que você tinha.
Aquele do pescoço, que eu quebrei um certo dia, por não ter a chave.

Vem cá pequena, para eu mexer nos teus cabelos e te chamar, como só eu sei.

E cadê garota? Você ainda esta aí, do outro lado, sorrindo para mim?

Não vai reclamar por eu não ter feito faculdade, e por eu estar fumando demais?
Vai desistir mesmo? De sentar junto comigo no ônibus?
Vai parar de ouvir nossas/minhas bandas preferidas para esquecer de mim?
Ainda há muito, você sabe disso.
Não deixe nosso Rock por aí, a minha guitarra não é a mesma sem teu livro.

Eu sei que eu não sei amar, não sei demonstrar, não sei nada e sou um puta orgulhoso.
Mas vamos lá garota, isso nunca foi problema para você... Agente sempre demonstrou tão bem.
E já fomos tantas vezes felizes, você lembra que eu esperei a chuva passar naquele dia?
Nem adianta dizer que não, e eu não vou dizer as vezes que você me fez feliz.
Pode admitir, que tu sentes saudades, e eu ainda fui te ver, mas você não estava no nosso canto...
Ei  garota, desiste de mim não, ainda me resta você no meio dos outros, com uma vontade enorme de me fazer feliz.

Não garota, ainda é cedo para me deixar...

 Não é assim que se faz, não ainda, não agora.
Vem cá, que eu ainda te ensino a tocar violão.