sexta-feira, 2 de março de 2012

O início, o fim, e o meio.

- Início -

{...} Ele é tão vulgar, veja só como se move, como fala, como anda, como se mexe, é repugnante!
  {...} Ela é asquerosa, todas aquelas regras e indicações do que fazer e não fazer, fala com todos os acentos e pausas, como suportam um ser humano desse?!?

- Fim -

                 {...} Eu gostava dele, gosto ainda, gostava do jeito que ele falava, e se movia, até coloquei direção no jeito de se vestir e se comportar, ainda lembro: deixou a barba crescer, aprendeu o corte certo pro cabelo, aprendeu que as pessoas passam e temos que deixar elas irem. Eu sinto falta dele sim, muita.
                    {...} Não lembro muito dela, admito, as coisas me tomam o tempo demais, ou melhor a pessoa me toma o tempo demais, mas eu sinto vez ou outra o cheiro dela por aqui, e encontro coisas dela por aqui também, eu sinto falta, e alguns dias, essa falta é grande.


- Meio -


{...} Ah, ele é meu, e o melhor é que sabe disso, está deixando a barba crescer, quer ter cara de homem, eu apoio, claro. Vai ficar lindo como sempre! Certo dia vimos a lua juntos, somos cada um a metade dela, sabia? Pois é, passamos as noites juntos e os dias também, afinal de contas, não se larga o que se ama.
{...} Ela? Em uma palavra: Química. Vou me casar com ela, independente do que eu seja, vou acabar com ela mesmo, vamos morar na praia, concordamos nisso, nós gostamos da praia, estou deixando a barba crescer, ela curte caras de barba, é, eu a amo, assim de leve, é como se fosse uma brisa. Eu amo o que ela é, amo o que ela me faz ser.


Somos o início, o fim e o meio.

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