Vejo domingos nublados, eles me deprimem um pouco.
Me remetem à filmes antigos, de muita madeira, de um final clichê e muito amor, não gosto deles.
É maio, doce maio. Eu sempre gostei de maio, não sei se é a sonoridade do nome, as cousas que acontecem em maio, as pessoas de maio, o cheiro de maio. Esse maio desse ano foi diferente, sem cara de maio. Não foi menos doce. Mas não me pareceu maio, tive mais dores de cabeça, no sentido literal da palavra.
Tenho escrito menos, lido mais, silencio quase sempre as coisas, tanto as ruins quanto as boas, ninguém precisa do meu alarme, poucos parecem se importar.
As pessoas são estranhas, testam coisas absurdas a procura de respostas mais absurdas ainda, não conseguem se entregar, sabe? Não conseguem deixar o barco ir, não conseguem deixar que maio brilhe em suas vidas. E não aceitam o fato, que se não der certo, tenta-se de novo. A gente tem a vida ainda, muitos dias, muitas horas. Para que pressa amigo? Corre devagar, que se a vida te achar engraçado, ela te manda pro outro lado para ser um pouco menos preocupado, e aí? E a presa? Foi em vão.
Vamos a um parque, vamos ler bons livros. Abra seus ouvidos para as coisas boas.
Embora os domingos nublados sejam chatos, a vida é chata também e a gente vive. Eu me perdi no meio do texto de novo, assim como eu me perco em tudo o que eu faço, séria trágico se não fosse cômico.
Mas olha, o que eu quero te dizer é que...Deixa o doce te adocicar. Não precisa ser a la Caio, mas deixa, é bom ser jujuba às vezes. Seja mais feliz, maio não foi bom, mas quem sabe em junho? Em julho? As coisas mudam... É a roda viva.
Escrevi quase nada em maio, só no penúltimo dia, pra ser menos trágico. Resolvi escrever antes do último. Agora deem-me licencia, tenho uns livros para ler, e uma janela para abrir.
Perfeito.
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