segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013


Acomodamo-nos.
Modismos, costumes, acomodação, repetição, "rotinação", modismos.
Acostumamo-nos, a dinheiro sumindo no senado, a mudar de canal porque esse assunto tá chato, agindo como se o dinheiro não fosse nosso, como se a terra não fosse nossa, como se os problemas  também não fossem nossos.
Acomodamo-nos. Acomodados num sofá na frente de telas gigantescas de led que nos impõe coisas que não podemos ser, que não podemos ter e nem comprar, e mesmo assim compramos, e acabamos não sendo. Mostram-nos fantoches superestimados  que nem sabem eles mesmos quem são,  e não estão interessados em descobrir, como se fosse lindo. Mas... O que é lindo mesmo?
Repetimos pra nós mesmos em cada vitrine que passa: "Eu preciso disso", e só isso que dizemos e pensamos, mas pra quê mesmos que precisamos? Se é que precisamos... Precisamos é de oxigênio, de vento no rosto, de boa conversa, precisamos olhar pela janela, acordar todos os dias. É o que precisamos.
"Rotinamo-nos", programamo-nos. Programados como cronômetros a fazer as coisas na hora certa, em tal dia, em tal lugar, em tal hora. A pulsão foi embora, a vontade de fazer naquela hora também não conta mais. Somos uma massante rotina, reclamamos da mesma, porém não nos movemos. E quando não temos a tal sujeita, reclamamos também.
Somos poços de modismos, não satisfeitos por ser quem somos, porque alguém nos disse que ser o que somos não é o melhor que se pode ser. Mas o que seremos se não formos nós mesmos?
Acostumamo-nos a não nos querer, porque o vizinho sempre é melhor, movemos a vida em busca de outra mais legal, porém somos o melhor de nós mesmo. Ação pela atitude de ser quem se é... Levantem-se, lutem!
Porém...
Ação também não há.
Acostumamo-nos.

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