Toda essa minha razão, que vem me tirando boas e divertidas oportunidades do que talvez seja, ou era um atalho que a vida esfregou na minha cara e eu, cega, ignorei. Minha razão disse que não era possível, que eu não ia ser feliz, afinal, ela dizia que não há felicidade, isso é coisa de fraco, que quer desculpa para ter atenção nas horas de não felicidade.
Ela me dizia, forte é você, não sente, não chora, não ri, não expressa, é atriz, de alma, de corpo, de tudo. Exímia e diplomada atriz, e me dizia mais, que era vida o que eu vivia, automática, morta, um quase nada. Era perfeito aos olhos de fora, viva, lúcida, sóbria. Mas nesses tempos, quem não sente? Eu, a minha razão implora que eu responda.
Mas não mais direi.
Me ensinaram, ou melhor me ensinou, sendo mais específica Salvador Dalí em suas telas, me ensinou. Que razão é ciência e não-razão, que não é loucura, porque loucura é outra coisa, é arte. E entre ciência e arte, eu fico com a arte.
Que pode ser mil, só depende do apreciador.
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