É, eu deitei à noite, para tentar evitar lembranças como às do ponto de ônibus, mas pareceu ser pior.
Eu consegui sentir a mão dele mexendo no meu cabelo, seu sorriso lindo e incomparável e sua disposição para ajudar os outros, inclusive a mim. Sempre me ajudava, me ajudava só por que eu sabia que ele existia e tava lá, e eu podia correr para lá, para abraçar e conversar quando desse vontade... Mas nunca dava vontade, ou eu sempre me esquecia de ter vontade. Corria muito, lia muito, pensava muito em muitas coisas e sempre tinha relapsos dele no meio delas. Mas eu ignorava, e passava despercebido, e aí quando deitava a cabeça no travesseiro tinha overdose dele e só era ele e ele e eu mais ele, juntos.
Hoje é sexta feira, e ele deve estar muito ''bem, obrigada'' na sua cama dormindo ou não... e eu estou aqui de olhos abertos, olhando pro teto ''vendo'' você, é, é tão forte que eu vejo você... e eu sei, to ficando maluca e blá blá blá.
Mas hoje quando o dia amanhecer eu vou seguir normal, mas quando eu chegar dos meus afazeres, eu vou lá pegar o ônibus, descer num certo ponto de ônibus, caminhar dois quarteirões, gritar pelo teu nome no teu portão e assim que apareceres, vou beijar-te, não quero saber de sim ou de não, eu quero você, meu. E se não der certo, eu não vou me arrepender... pelo menos eu tentei.
Sexta-Feira , 11:58 da manhã.
Acordei, atrasada como sempre, mal humorada como sempre, com meu pijama pequeno demais como sempre.
Meu telefone tocou, e eu fiquei muda ao ouvir... Como poderia ser? Só poderia ser influência má do zodíaco!
Só disse Ok e desliguei, minha viajem esperada para Londres, estava finalmente acertada, meu pai fez esse favor. Mas e ele? Como eu vou terminar minha vida sem ele? Porque logo hoje? Logo hoje, que eu ia ter ele?
Não... Eu não poderia ir, mas fui. Com o maior clima de enterro, choramingando, fingindo que era dor de despedida, mas era a dor de não ter ele, e eu fui.
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