''Eu sei que vou sofrer, à cada ausência tua, eu vou sofrer.''
Sofrer, gritar, chorar... morrer.
Não digo a morte que é rápida e como um golpe arranca-nos daqui.
Seria um favor se assim fosse.
Falo da morte, aos poucos, daquela lenta... Que arranca.
Aos pedaços, lascas de mim.
É como se eu vivesse numa intensa síndrome do membro perdido.
Aquela que agente perde um braço, ou uma perna, mas continua sentindo ele lá.
Vivo.
Mas no meu caso, não é um braço ou uma perna, quem dera fosse.
É você.
Mataste-me quando foste embora das minhas possibilidades,
não fosses embora, materialmente.
E mais uma vez, quem dera fosse.
Falo que foste do meu alcance, uma vez que não sou boa o bastante.
E nunca vou ser.
Mas é como se eu tivesse ainda, como se eu sentisse ainda.
Lá no fundo a esperança de não morrer.
De não morrer... Para você.
E como dizem as aspas no início do texto, eu sei que vou sofrer.
A cada ausência tua nas minhas probabilidades, eu vou sofrer.
Mas acima de tudo,
Eu sei que vou te amar, e por toda a minha vida,
eu, vou, te, amar.
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