Não é uma história daquelas que começam com: Vai ficar naquele quarto escuro, com ratos e vai pensar em suicídio e blá blá blá.
É uma daquelas histórias assim:
Vai ficar lá parado, trancado naquele quarto, com medo de sair.
E enfrentar a verdade, a sociedade o mundo que tem janela à fora.
E ele não sai, com medo dela, quer dizer com medo do amor dela.
Que pode, e vai derreter aquela velha mentira surrada que envolve seu coração.
Ele vai ficar lá parado, com medo de pensar, e vai pensar na mão dela,
no sorriso dela, no sussurro dela, ele vai desejar ela.
E por fim, não vai se matar.
Vai ficar horas olhando para foto dela, para o sorriso dela, com vontade de penetrar nele.
E vai chorar, não por fora, por dentro. Homens não choram.
Vai adormecer com o Boa Noite dela no ouvido, e com a voz dela cantado baixo.
Mas não é real, nada é real por que ela não está lá, não está.
Vai sofrer. E vai amanhecer e o dia vai se arrastar.
A campainha vai tocar, ela vai tocar a campainha e vai perguntar como sempre:
- Como estais? Acompanhada de um sorriso e dos olhos puxados.
Ele vai sorri, silenciar por uma instante e dizer: - Normal e você?
Mas a vontade era aquela de dizer:
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