sábado, 3 de setembro de 2011

- Ama [...] vá.


Quem te ama mesmo nunca te deixa...
Quem te ama,
mesmo?
Nunca te deixa.
Uma vez me pediram para nunca dizer nunca. E eu vou bem por aí. Por que pessoas se vão todos os dias, e a morte seria um pouco reconfortante, embora não menos dolorosa, e me flagelo em pensar em tal situação, mais ter-te aqui, e não ter-te... Não, ter-te.
E me disseste: Nunca te deixarei, é para sempre.
Não me juraste amor eterno, nunca. Na verdade poucas foram as vezes que disseste um eu te amo, mas sabe... No fundo, bem lá no fundo, onde só eu sei que tem. Tinha. Uma mor, desses de primavera, pintado à óleo, nauseante e enjoativo como eu sempre temi e quis ter.
E ouvi num dia desses: - Você tem os olhos dele. São estreitos como os dele. E não tente negar. [risos]
E o que eu poderia dizer? Eu já tinha os olhos dele, eram os meus olhos, te tanto querê-los para mim... E não ter.
Sorri desconcertada, não respondo a coisas que me liguem a você. Respirei fundo.
Só eu posso falar vinte e cinco horas, de você e cansar todo mundo, mas ouvir de você dói tanto, não é meu, nem vai ser, contento-me com seus olhos que de tanto eu desejar, eu tenho.

É, acho que é um adeus, já que eu nunca vou ser uma prioridade.
Quem te ama mesmo... Você não me amava mesmo.
Amava?

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