Que num dia de outono, simplesmente desprende-se do galho da árvore, e vem visitar o chão.
E que fica por lá fincada, perdida, dentro do chão, de mim.
Venha-me, fique em mim, vire-me pelo avesso.
Ou desfaça-me, refaça-me, numa insana busca do que sou eu, do que é você.
Quero que nos misturemos, não só em carne, não só em cama.
Quero que nos misturemos em vida, que saibamos ser eu&você.
Gosto, quando você desfaz demais meu cabelo, fala demais.
Cuida demais.
Gosto quando você transborda, e eu amanheço sempre por mais.
Faminta, ainda querendo teu cheiro, loucamente nos cantos dos meus lençóis.
Gosto, que sejas como uma folha, e eu a terra.
Que sugue a folha, que ela seja minha, e que eu não mais seja eu.
Mas nós.
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