A gente vai sofrendo de uma carência absurda, tendo mil buracos no peito.
Cada um tampa o seu como pode, amores efêmeros, vulgares.
Cada qual na sua vida, no seu quarto escuro, ou nos seus sorrisos claros.
Incomoda no começo, a pergunta do: Cadê aquilo que estava aqui?
O gato comeu, o tempo comeu, corroeu e ruiu.
E lá está: Grande e resplandescente. Um buraco de tempo.
Cheio de lembranças para fazer eco lá dentro, as boas fazem cócegas e assobiam.
As ruins, fazem aqueles ruídos de filme de terror.
Mas eles continuam andando, todos ao acaso.
Deixando a luz transpassar seus buracos, e vão, mesmo que com saudade...
Mesmo sofrendo daquela carência absurda um do outro.
Um para esquerda, outro para direita, cintilando, como se deve ser.
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