domingo, 18 de novembro de 2012

Feuer


Eu sou a pessoa mais grossa que eu conheço e consequentemente a mais sensível.
Não controlo as erupções dentro de mim, a lava explode, e queima pessoas à minha volta o tempo inteiro, pessoas magnânimas e não, umas merecem e outas quase isso. Mas faço por desespero porque no íntimo as mesmas me machucaram, elas nunca sabem disso mas o fizeram. Lidar com seres humanos não é fácil e os que eu convivo são duas vezes mais duros, mas rudes, e mais sensíveis também. Minhas lavas são demais pra eles, eles derretem e se vão.
Depois de derreter muitas pessoas, aprendi que o amor é o que vem depois das cinzas, o amor é quem depois que eu queimo, volta e pede pra que eu assopre e esfrie. O amor está no não provocar o incêndio  está em previne-lo.
Para se conviver com o gênio insuportável que eu abrigo, você tem que aprender a olhar pelas frestas das janelas, saber que junto do fogo vem também a claridade, a luz, o calor. E que eu sou se não isso? Lúzia, clara e quente, sem muito pra contar ou esconder, uma cratera rasa e ampla.Uma erupção de coisas tão boas e quentes, que queimam, não aceito o absurdo e isso me torna ruim... Não há regras que me façam aceitar, explodo novamente.
Eu tenho acessos de sensibilidade, fico sensível à ventos muito fortes, esses me congelam as mudanças me destroem, os ventos me derretem e aí onde eu derreto, e o amor está novamente em quem vem depois das cinzas.

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