quinta-feira, 19 de maio de 2011

- Sede.

E as vezes parada no meu canto,
Eu olho para o vasto mundo ao meu redor.
E vejo a forma como as pessoas andam:
Vejo a mulher vivida com oito filhos.
O homem sério atrás da sua gravata.
A mulher nova, cheia de certezas e dúvidas também.
E todos tão neles, tão deles, que nem ousam sair.
E quem me dera ter esse acomodamento do mundo,
Sem perguntar, sem indagar, sem ligar para os problemas,
Ignorar, na verdade, viver existindo apenas. 
Ah, quem me dera ir levando, levando.
Até perder-me nesse mundo
e virar mais um par de pernas caminhantes,
do trabalho para casa, de casa para o trabalho.
Mas minha inquietude, minha dúvida,
Minha curiosidade não me prende a nada,
Não posso ser de nada nem de ninguém.
Eu preciso do vento no rosto,
Para tentar fazer história,
Para virar história.
É a minha sede.

Um comentário:

  1. É um tanto divertido em partes, e esbanja graciosidade. Cada linha dá umas fotografias bonitas à nossa mente. Gostado!

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