Respirar, inspirar, contar a até três... DROGA!
Nunca funciona de verdade, na verdade. E quem eu estou enganando, com essa minha mascará de ferro, essa minha máscara... de nada me atinge, nada me abala, nada me altera ?
Eu sou de carne e alma, mas de carne as vezes, eu sei... Sou tentada e caiu fácil nessa tentação.
E sou alma mais que carne as vezes, quando ponho minha cabeça pesada de amores atropelados, de amizades despedaçadas, quando me nino, na felicidade lânguida de mim mesma, e choro.
É eu choro, e também não vou negar que choro.
Choro por falta de abraço, por falta de carinho, de cafuné, por falta de coração, por falta de taquicardia, por falta de aceleração por algo sólido, algo que eu possa realmente pegar, tocar, levar para casa para deitar na cama e dormir comigo, para abraçar e amanhecer cheirando a café.
Tenho falta das pessoas, tenho falta daquela pessoa, que não me fazia chorar, ou melhor fazia, FAZIA mesmo, mas não era choro vazio, não era choro de coração estacionado, não era choro de lamento, nem choro de Augusto dos Anjos - só a solidão, essa pantera, foi tua companheira - eu leio, releio, como, engulo, mastigo lentamente esse verso e não é por querer... Na época daquela pessoa... Ah, era choro de coração na mão, choro de desespero, choro de coração inquieto, e acima de tudo, era choro de coração e não de cérebro e vísceras, era coração.
É, eu ainda choro. Que boba seria eu se não chorasse? Se não se desesperasse com Betânia e Elis? Eu choro!
Mas não é o mesmo choro de quando eu tinha batida, não o mesmo choro de quando eu tinha batida coração.
Nessa época, eu chorava, mas eu ainda conseguia sorrir, com a lembrança fúnebre, escurecida do riso daquela pessoa.
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