terça-feira, 14 de junho de 2011

- Nosso homem.

Apaixonava-me por seus ombros largos e por seu sorriso mais largo ainda.
Teu jeito de andar, teu jeito de olhar fazendo dos olhos frestas, me hipnotizavam cada faz que eu ousava encará-los, e quando arriscava perdia-me neles, achavas que era uma afronta e te punhas a encarar-me de volta, me deixando num frenesi absurdo.
Eu gosto do modo como você toca as minhas mãos que ficam gélidas com seu toque, eu gosto dessa sua chatice absurda e dessa sua sede de ser mais. Gosto de ver tua imagem nos Domingos ensolarados que não me deixas perder com meu sono de urso, puxa-me as cobertas, faz-me cócegas, eu te bato, digo que te odeio eternamente ainda de olhos fechados e quando os abro, sorrio, e como não sorrir? Se teu sorriso me contagia?
Gosto da tua forma de me ganhar com frases prontas e decoradas e eu, ’ prosista’ que sou, incrivelmente caio e fico boba, não sei se com as palavras ou com o esforço que tu fazes para me dizer tais palavras. Gosto que me roube os doces da mão, que tire meus óculos numa leitura concentrada, gosto que me faça tremer, assim do nada e que também acabe com meu tremer segurando minha mão de novo.
E te ver entrar nos assuntos das borboletas é um mérito, poder saber que você, assim como eu, gosta da simplicidade delas, da delicadeza delas, saber que gostas delas e das bolhas de sabão que aos sábados gosto de ver no ar. Gosto de deitar em teu colo e que mechas no meus cabelos e que digas que gosta do meu perfume, do timbre da minha voz, do jeito como uso as interjeições em excesso, da minha falta de eu te amo ditos.
É simples, eu gosto de estar ao teu lado, ou talvez um dia goste, ou talvez um dia te encontre.
Talvez eu tenha feito mais uma descrição do homem perfeito, que tantas outras andam fazendo por aí.  Mas esse é meu, ou talvez nosso por que quem sabe uma por aí, não goste do mesmo que eu? Eis aí o nosso homem. 

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