quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Saudade não tem tradução.

''Saudade é uma palavra portuguesa e galega para um sentimento de espera nostálgica por alguma coisa ou alguém que foi amado e depois se perdeu. Geralmente carrega um tom fatalista e um conhecimento repreendido de que o objeto de espera pode nunca retornar. Uma vez foi descrevida como"o amor que permanece" ou "o amor que fica" depois que alguém se foi.''
Eu aprendi sem dicionário que era ''o amor que permanece'', melhor seria se não fosse, as coisas deveriam ser mais justas por aqui, se tu saísse da minha vida, que eu saísse da tua também, deveria haver um tipo de lavagem cerebral automática nesses casos, para depois não ficar aquela coisa chata que acontece com dois corpos que habitavam o mesmo corpo até pouco tempo atrás, e eu quero a minha parte de volta, devolve? Devolve para ver se eu me amo mais, sem um pedaço.
A sensação é exatamente essa, estar sem um pedaço... Algo como a síndrome do membro perdido, eu te sinto em cada parte, e se fosse de fora, eu trocava de lugar, ultimamente vale tudo para te...  para te... te... es..quecer. Mas não é fora, é dentro meu caro, você destilou demais de você em mim, ficou homogênico, engraçado a minha massa conservou mais substância tua, ou será que não?
Será que tu ainda olha as nossas fotos? Ah não, não temos fotos... Nem deu tempo, temos apenas sentimentos, e que já me valem demais, já me desfiam demais.

Eu fico aqui agarrada em nenhum retrato, nem para enfeitar meu verso... Eu fico agarrada com tuas lembranças quase palpáveis, aquela tua barba mal feita, os teus ombros largos, teu sorriso meu, o meu olhar teu, o nosso amorzinho de quinta, daquele tipo de novela mexicana, que no final um morre pelo outro, sabe? 
É que é saudade, é o amor que fica, não há definição, não tem como dizer. 

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