Tenho de muito ou tenho de pouco? Também não sei, e creio que o entendimento não será à mim cometido, não hoje, não agora, hora, data, tempo.
Que tempo? Também não sei.
Perdi a noção do lapso, nos lábios, os meus, vermelhos, os olhos...
Os olhos que piscam duas vezes seguidas quando nervosos, e dançam, sempre dançam.
E tudo em mim dança também.
Dançam as palavras no fio dos dedos, varal da memória, no pincel também dançam.
Porém, dançam as cores, os amores e as saudades.
Que dança? Ciranda.
Aquela que diz que a pedra do teu anel brilha mais do que o sol, cirandeiro só.
E tu cirandeiro só, com quem cirandas?
Ciranda se faz com dois, dança solitária me lembra rock.
Eu gosto de rock, prefiro blues.
Azul? Também prefiro, azul e branco, e estrela, ou seja: Céu.
Gosto de passarinho, dos coloridos e dos cinzas, os passarinhos nos fios me dão náusea. Aquela náusea boa de sensação do imenso.
Imensidão, liberdade. Preço e cobrança.
Tristeza, caminho, imagem, reflexo, vontade.
Rima branca, quem sabe... E quem sabe? Tu sabe? Eu não sei.
Eu também não. Tu também não.
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